O turismo de expedição consiste em viagens para locais remotos com o intuito de explorar ecossistemas naturais, comunidades locais ou destinos de interesse natural, cultural e histórico. Embora o acesso a regiões antes isoladas, como o Ártico, a Amazônia, a Antártica e o deserto, tenha se tornado mais fácil, essa modalidade de turismo exige cuidados específicos, pois apresenta tanto benefícios quanto pontos de atenção para os profissionais de turismo.
Como o Turismo de Expedição Enriquece os Destinos:
Valorização Cultural: O intercâmbio cultural com comunidades tradicionais ajuda a preservar suas práticas culturais e oferece novas oportunidades de aprendizado e renda para essas populações.
Educação e Conscientização Ambiental: O turismo de expedição promove a conexão com a natureza, estimulando o aprendizado sobre ecossistemas frágeis e a importância da preservação, gerando comportamentos mais sustentáveis e incentivando a conservação de áreas críticas e comunidades locais.
Geração de Renda e Desenvolvimento Local: Ao criar empregos e gerar receita para comunidades remotas, esse turismo melhora a infraestrutura local e fomenta o desenvolvimento econômico.
Incentivo à Conservação de Áreas Naturais: A receita gerada ajuda a financiar a proteção de áreas naturais e projetos de conservação, apoiando a preservação de habitats críticos.
Promoção do Turismo Sustentável e Científico: Quando praticado de forma responsável, o turismo de expedição tem baixo impacto ambiental e pode contribuir para pesquisas científicas, envolvendo os turistas em estudos sobre mudanças climáticas e conservação de espécies.
Pontos de conscientização dessa prática:
Possíveis Impactos Ambientais: Embora o turismo de expedição seja considerado de “baixo impacto”, ele pode, em algumas situações, afetar ecossistemas sensíveis, como a degradação de habitats e a introdução de espécies invasoras. Por isso, é fundamental que o profissional de turismo escolha parceiros comprometidos com práticas sustentáveis e minimização desses impactos.
Pressão sobre Comunidades Locais: O turismo em áreas isoladas pode, em alguns casos, exercer pressão sobre as comunidades locais, alterando práticas tradicionais e criando dependência econômica. Portanto, é importante escolher operadores que incentivem o retorno positivo para a comunidade e promovam o desenvolvimento local de forma equilibrada e respeitosa.
Alteração do Comportamento Animal: A presença humana pode afetar a fauna local, gerando estresse nos animais e alterando seus comportamentos naturais, como padrões de alimentação. Por isso, é essencial que as atividades que envolvem animais sejam realizadas de maneira responsável, sempre respeitando o equilíbrio do ambiente e garantindo o bem-estar da vida selvagem.
Porque um profissional de Turismo deve entender sobre essa tendência:
Profissionais do turismo devem estar atentos aos riscos e às oportunidades oferecidas pelo turismo de expedição, adotando práticas que garantam o equilíbrio entre a recursos locais e a preservação dos destinos visitados. Além disso, é fundamental escolher cuidadosamente seus parceiros e receptivos, priorizando aqueles que compartilham um compromisso genuíno com a sustentabilidade e a conservação ambiental, assegurando que as atividades turísticas promovam benefícios tanto para as comunidades quanto para os ecossistemas visitados.
Exemplos de destinos que realizam turismo de expedição:
Antártida, Amazônia (Brasil), Deserto do Atacama (Chile), Região do Ártico (Noruega, Groelândia, Canadá), lhas Galápagos (Equador), Mongólia, Himalaia (Nepal, Índia, Tibet), Polo Norte (Oceano Ártico), Região de Svalbard (Noruega), Tibete, Ilhas Falkland (Malvinas).
Texto por Fernanda Coutinho.
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